21 de fev. de 2011

Povo do Kalahari

Visitamos uma Fundação na Namibia que apóia mais de 400 bushmen com ajuda de patrocínio alemão.


Os bushmen não possuem um nome exato. Na verdade antropólogos afirmam que esse termo é pejorativo. O grupo pode ser chamado de Khwe, Basarva, San ou por outros nomes, dependendo do lugar da Africa. Eles são os habitantes mais antigos da Africa Austral. Já falei deles num post antigo.  


Sempre acho muito nobre qualquer iniciativa de ajuda na Africa. Conhecer pessoas que realizam estes trabalhos é incrível. Mas, os alemães vão ter que me perdoar pela crítica à sua fundação.


O intuito da fundação é "inserir o povo San na vida moderna da Namibia". A fundação conta com um centro comunitário, uma escola e uma pré-escola que alfabetiza as crianças em inglês pra que elas possam frequentar escolas "normais" da Namibia. Mas a comunidade não vê significado na escola e a frequência é um problema.


Fiquei confusa porque achei que a cultura desse povo devia ser protegida e não transformada. Me parece muito óbvio que a escola não tenha sentido e que a vida em comunidade sim.


Devia ter me informado sobre o trabalho da fundação e aí não teria saído de lá arrasada, com vontade de dizer que aquele trabalho pode ter a melhor das intenções mas está equivocado. 





9 de fev. de 2011

Namibia mais uma vez

O final de semana passado começou na sexta, com o feriado 4 de Fevereiro (Dia do Início da Luta Armada de Libertação Nacional em Angola)e fomos pra Namibia.


Voamos pra Ondjiva - no sul de Angola - sexta-feira bem cedo. Nos vôos domésticos cada passageiro senta onde bem quiser e o acento marcado no cartão de embarque é mera ilustração. 


Chegando na grande Ondjiva pegamos um taxi (lá existe) para a fronteira. Na estrada mais esburacada que eu já vi na vida, o motorista, sr. Gasolina, nos presenteou com suas músicas de Jesus e do "mundo mal e enganador", no último volume. 


Cruzamos a fronteira a pé e coincidência ou não, éramos os únicos brancos e fomos os únicos revistados pela polícia. 


Depois pegamos outro taxi pro nosso hotel, que fica a dois quilômetros do Parque Etosha.


Foi quase uma maratona, que ia se completar no domingo, mas valeu a pena.


Fotos da fronteira, do hotel e safaris...